Barroco

O período Barroco é marcado por uma série de acontecimentos importantes que impactaram de forma drástica na vestimenta. O absolutismo monárquico, que havia iniciado no final do Renascimento agora está consolidado, existe o surgimento de uma nova classe social, a Burguesia Comercial, que quer mostrar que tem poder econômico e como se não bastasse, data desse momento o advento da reforma protestante.

As palavras de ordem desse período são o drama, a tragicidade e o exagero. O Barroco é praticamente todo teatral e isso pode ser percebido nas artes, arquitetura e na roupa.

Esse foi um período de conflito e tensão, pois ao passo que a reforma protestante criticava as práticas católicas, a contra reforma se assemelha aos princípios medievais de uma Igreja extremamente violenta e inflexível, promovendo a “caça ao protestantes”.

Nas Artes

- Muita escuridão, depressão, tragédia, principalmente quando se trabalha com temas bíblicos (para envolver o indivíduo novamente nas questões religiosas, redirecionando a vida aos temas bíblicos) e muito drama.

A descida da cruz- Rubens

 Na Arquitetura:

- Muitos detalhes, ornamentos, anjos por todos os lados e um drama excessivo. O Barroco é uma época de muita poluição visual!

- As Igrejas se tornaram uma verdadeira feira das vaidades, onde se enxergava dourado para todo o lado, na intenção encher os olhos e trazer de volta os fiéis que “debandaram” por conta da reforma protestante.

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio

Vestuário

Nesse momento notamos uma grande diferença na maneira de vestir de acordo com a região observada. Na Espanha e França se desenvolveu uma cultura de vida de aparências, a “vida de corte”, onde era preciso ostentar a posição social. A palavra de ordem era o exagero! No entanto, em locais como Alemanha, onde se sofreu muito com a reforma, as roupas escuras e gola rufo eram a vestimenta vigente.

Corselet de Ferro

Mas, em geral, a roupa do Barroco foi exagerada e teatral. Eram peças que “estrangulavam” o corpo e nos faziam perder a noção do que é a forma real do indivíduo, pois cria uma silhueta completamente modificada (nesse momento as mulheres utilizavam o corselet de ferro sob a incansável camisa branca). Além de ser um vestuário muito rebuscado e, assim como em todas as instâncias do período, cheio de ornamentos e exageros. É uma quantidade de elementos tão grande em um vestido, por exemplo, que não sabemos para onde olhar, são milhões de florzinhas, lacinhos  e bordados que nossos olhos se perdem em meio a tanta informação... e o exagero não fica apenas por conta das mulheres, ele permeia também o universo masculino!

Obs: As camadas populares usavam roupas feitas de tecido comum e barato (geralmente linho), sem preocupação com acabamento. No cabelo touca ou faixas para prender os cabelos e não sujar a casa. Usavam várias saias sobrepostas para dar volume, cintura ajustada (mas sem corselet de ferro, porque obviamente isso impossibilitava os movimentos). Essas roupas eram quase sempre feitas pelo próprio indivíduo.

Figuras Ilustres

Elizabeth I:

Se existiu alguém que soube construir sua imagem através da roupa foi a rainha Elizabeth. Ela tinha tudo jogando contra, era protestante, considerada “a bastardinha”, filha da prostituta por ser fruto de um relacionamento escandaloso para a época e ainda fez a audaciosa proposta de uma reconciliação entre católicos e protestantes. Por tudo isso seria difícil conseguir o respeito do povo, assim se utilizou de várias estratégias, principalmente no vestuário (extremamente exagerado) e maquiagem (utilizava uma maquiagem que deixava sua pele muito branca para parecer que não era desse mundo) para construir uma imagem divina e conquistar prestígio.

Rainha Elizabeth I

Luis XIV- Rei Sol

Foi muito importante para a moda. Utilizava mangas mais ajustadas, gibão parecido com uma túnica mais longa, salto alto, gola mais aberta, peles, perucas muito volumosas, chapéus enormes e com penas aplicadas.

Luiz XIV- Rei Sol