O Renascimento foi um período de grande valorização da
cultura Greco- Romana, por isso diz-se que “renasce” o pensamento racional
muito trabalhado na antiguidade clássica. É nesse momento que passamos de um pensamento
teocêntrico (Deus no centro de tudo) para um pensamento antropocêntrico, onde o
ser humano passa a ser valorizado, e nesse cenário percebemos grandes mudanças
no campo das artes, da política econômica, da arquitetura e consequentemente do
vestuário.
Nas Artes:
- O corpo deixa de parecer assexuado, como na Idade
Média, e passamos a perceber uma busca em retratar o ser humano com “curvas”;
- A arte se torna mais real por conta de um maior
conhecimento em anatomia;
- Existe uma vinculação do conhecimento racional e
científico;
- Equilíbrio, proporção, proporção áurea, figuras
pensadas de maneira exata e perfeitamente dividida;
- Passa-se a perceber profundidade nas obras.
Na Arquitetura:
- Nesse período há uma grande mudança na mentalidade que
agora se volta para a vida púbica, uma vida de aparência. As pessoas querem ver
e ser vistas, e por isso as casas passam a ter grandes janelas com uma
arquitetura inspirada nas construções árabes.
Palácio de Frederiksborg, Dinamarca. |
Na Economia:
- É no Renascimento que têm início as viagens de expansão
marítima na busca de soluções para problemas cotidianos. As grandes navegações atrás
de especiarias (cravo, canela, pimenta, gengibre), pois era preciso temperar
muito a comida, que geralmente estava estragada e intragável. Também se busca a
Seda oriunda da China e o Pau-Brasil que era usado para o requintado mobiliário
Europeu e para produzir corante (tecidos).
No Vestuário:
O vestuário, no período do Renascimento, inicia com roupas
leves e tecidos fluidos e se modifica até chegar a uma roupa pesada e
desconfortável. Isso se dá em virtude de uma mudança no sistema de governo, que
passa a ser o Absolutismo Monárquico. Esse modelo político subentende a
necessidade de o governante exaltar a sua autoridade por meio da vestimenta.
Feminino
- Composto pelas seguintes peças independes, que podiam
ser utilizadas de diversas maneiras: Vestido + mangas destacáveis, camisa
branca ou praticamente transparente (roupa branca simbolizava limpeza, já que
as condições de higiene eram precárias), saia, corpete.
- Utilizava- se uma espécie de cinto aonde se carregava o
que era julgado necessário, como escova de cabelo, tesoura, espelho, canivete,
etc. (tudo isso pendurado na cintura).
- Como as mangas eram amarradas ao vestido ou ao corpete,
fazia-se uma fenda entre essas peças de roupa. A camisa branca utilizada por
baixo, que era sempre de um tecido nobre (geralmente seda), era puxada para
fora de forma que ficasse “bufante”, justamente para ostentar o “tecido caro”
que ia por baixo da roupa.
- Decote quadrado e bem aberto que foi se fechando até
culminar na utilização da gola rufo, isso quase no fim do renascimento.
Masculino
- É nesse momento que o gibão é inserido no vestuário
masculino, ele era uma espécie de colete cujo comprimento variava da altura do
quadril até o joelho. Essa peça era cheia de talhos aonde, assim como no
vestuário feminino, a camisa branca que ia por baixo era puxada para fora.
Utilizava-se também um calção muito justo e meiões.
- Ombros absurdamente volumosos graças a mangas com
enchimento de retalhos e farelos.
- Utilização do codepiece,
abertura na região dos órgãos genitais (que eram forrados para dar volume e
representar a virilidade, a potência, o poder masculino)
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