ROCOCÓ provém do termo "Rocaille",
significa decoração de jardim em formato de concha.
O estilo esteve presente não somente no vestuário,
mas também na pintura e arquitetura.
A Corte transita num sistema político de Absolutismo
Monárquico - concentrado pelo Rei, que é o governante em relação a todos os
demais.
Essa Corte leva uma "vida de aparências",
formada por indivíduos que não trabalham, sendo sustentados pelos impostos dos trabalhadores para manter
sua vida de pompa.
Sua ocupação nada mais era que aparentar elegância de
berço, através da sociabilidade, frequentando saraus, bailes e recitais, onde
procuravam demonstrar conhecimento de todos os assuntos, a fim de obter
privilégios. Toda essa pomposidade, para demonstrar ser nobre, refinado e agradável,
um indivíduo culto, com muitas qualidades e posses.
Também
existiam os encontros amorosos, a vida libidinosa, representados nas pinturas
de artistas da época.
Juan Antonio Gonzalez- Rococó Manners Painting |
Cultura Rococó
Nas artes, o estilo é marcado com temas da natureza, pássaros, flores delicadas, plantas e cascastas, além da vida cotidiana e relações humanas.
No ramo da pintura, surgem trabalhos como de Antoine Watteau, que caracteriza suas obras retratando cenas da vida privada da corte.
François Boucher, representeou suas obras através de figuras sedutoras com trajes sugestivos, evidenciando atos de sedução da vida profana da aristocracia, característica do estilo.
Jean Honoré Fragonard - destacou-se principalmente como pintor do amor e da natureza. Foi um dos últimos expoentes do período rococó, caracterizado por uma arte alegre e sensual, e um dos mais antigos precursores do impressionismo.
O Balanço - Fragonar |
Odalisca Oscura - Boucher
Na arquitetura, surge a obra do decorador Pierre Lepautre, sendo o rococó, a princípio, apenas um novo estilo decorativo, caracterizado por cores em tons pastéis, texturas suaves nas superfícies, com numerosas janelas, proporcionando leveza, com graça e intimidade nas estruturas das construções.
Palácio de Versalhes |
Características do Vestuário
A Corte, em especial a feminina, era representada com um vestuário de cores luminosas
e suaves, com decotes profundos, com o
propósito de seduzir no olhar, muito carregado em detalhes e ornamentos, e que
por consequência, causava muito desconforto, levando até sérios problemas de
saúde, devido ao peso e ajustes das vestes.
Feminino
Armação típica do rococó |
- Decotes quadrados, bem profundos, denotando a
intenção de sedução.
- Camisa.
- Anágua.
- Vestido, que
pode ser em modelo aberto ou fechado.
- Vestidos com até 4,5 metros de diâmetro, feitos com
tecidos nobres, como o tafetá e a seda, possuíam fechamento frontal com
amarrações ou botões, além de muitos detalhes em exagero, com laços, fitas e
rendas. A população pobre usava os vestidos especialmente em linho, material de
valor mais acessível.
- Perucas, com aproximadamente 90cm de comprimento,
porém não sendo uso obrigatório, confeccionadas com cabelo natural, crina de
cavalo, ou ainda, com fibras vegetais.
- Calçados -
Muli, confeccionada no mesmo tecido do vestido.
- Maquiagem - usavam muito pó de arroz no rosto e
seios, e as bochechas rosadas.
- Laços de fita ou flor para enfeitar os cabelos e
pescoço.
A figura que muito bem representa este período é
Maria Antonieta - Tinha figurinista e cabeleireiro particular. Ela se utilizou
da roupa como uma estratégia política, para construção de uma imagem de poder.
Maria Antonieta |
Masculino |
- Casaco bem trabalhado, usado aberto na altura do
quadril, a fim de mostrar o colete
bem detalhado com bordados.
- Camisa com mangas compridas, com punhos de renda aparente abaixo do
casaco.
- Calça mais lisa, até o joelho.
- Meião de seda, geralmente de cor bem clara.
- Perucas
- Sapato de salto.
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